dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     28/04/2024            
 
 
    

Os norte-americanos são bastante afeitos a conceituar e rotular as transformações que ocorrem na sociedade. Como agora, quando começam a se referir mais e mais ao chamado “food movement” (movimento da comida), que vem aumentando e traduz o crescente interesse das pessoas em saber de onde a comida vem e como foi produzida.

Pelo mundo afora, o setor alimentar começa a ficar sob vários focos de pressão: propostas de novas regulamentações para refrigerantes; movimentos pelo direito dos animais; campanhas de saúde pública contra o uso de antibióticos na ração animal; ambientalistas relacionando agricultura e mudanças climáticas; petições online para banir certos ingredientes de alimentos industrializados etc.

Pensando-se sistemicamente, o que está em jogo não é essa ou aquela questão em particular, mas a confiança da opinião pública nas cadeias produtivas de alimentos. Esse, talvez, tenha que ser o foco de nossas reflexões. Parece que o sistema alimentar – ou pelo menos suas grandes indústrias e cadeias produtivas – está sofrendo crescente assédio de seus consumidores, cada vez mais céticos e ariscos.

E não vamos nos iludir se isso ainda não chegou plenamente ao Brasil. No mundo sem fronteiras e totalmente conectado, uma proposta de mudança local – como rótulo especial para alimentos com OGMs (Califórnia), ou novo manejo de matrizes suínas (fornecedores McDonalds, EUA) – traz sim um potencial de gerar transformações ou políticas mais amplas, nacionais e internacionais.

Há muito empresário do agronegócio brasileiro e mundial de olho nessas evoluções e já fazendo a sua lição de casa.  A PepsiCo, por exemplo, tem um programa de sustentabilidade e rastreabilidade na cultura da batata, com o qual monitora todos os seus fornecedores e oferece suporte técnico para práticas agrícolas sustentáveis, produtividade e gestão da produção.

De acordo com a empresa, o programa tem impacto direto na reputação das suas marcas Lays e Ruffles. Já foi implantado no Peru, Equador e Colômbia, e agora vai para o Caribe. Bem aqui no Brasil, há uma empresa paulista de suinocultura, verticalizada da granja ao frigorífico (Bressiani), que já se organizou para ter rastreabilidade de todos os ingredientes usados na alimentação dos animais que cria e abate. Isso é marketing em sintonia com o futuro.

Pode ser que alguém ainda pense em rotular o “movimento da comida” como uma “irracionalidade” restrita a certos mercados e grupos de consumidores. Estrategicamente, contudo, é preferível perguntar-se: quem poderá ser o próximo?

Antes de responder, no entanto, já comece a pensar em um dos princípios estratégicos do marketing contemporâneo: na nossa aldeia global, é preferível contar antes a sua própria história, do que esperar que ela seja contada por outros. São coisas do século XXI...

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
JOSÉ JAIRO BORGS
31/01/2013 00:19:56
Esse "food movement" não seria o mesmo que certificação? Que para so obter o selo amricano paga tantos dólares, paga o selo CEE, desembolsa algums milhares de EUROS ou para o selo do Japão, mais tantos Yenes? Tudo isto a custo do produtor ou grupos de produtores? Sou bastante acéptico por ter já participado de um grupo FAIR TRAD, que partindo de uma lauda de regras, chegou a um conglomerado delas, isto onerando e pondo o produtor longe deste controle. São relatórios e mais relatórios e o pior: O relatório vale se o valor da certificação já foi depositado! Acho que a certificçaão chamada "fio de bigode" é a que deveria prevalecer. Esta certificação não envelhece com o tempo, pois cora o rosto de quem é desmoralizado. A certificação de papel enche o bolso de uns em detrimento dos de outros, especialmente o do produtor. O cosnumidor quer ter certeza do que está consumindo? Vai à unidade de produção e confere se o produtor se orgulha de seu sítio ou se tem medo dele? Se ele toma água de sua mina ou se prefere adquir GARRAFÃO no supermercado. Havia um afimração que muitas vezes foi confirmada de que: paga a certificação que o resto se dá um jeito! Espero que essa "food movement" seja ética e não a peso de moeda.

Para comentar
esta matéria
clique aqui
1 comentário
Integração reduz impactos ambientais
Além de emitir menos gás carbônico, lavouras, pastos e florestas integrados minimizam problemas com erosão e degradação do solo
Inseticida combate broca-da-erva-mate sem agredir ambiente
Bovemax, que deve chegar ao mercado este ano, utiliza apenas um óleo vegetal e um fungo que causa doença ao inseto da cultura
Pimenta bode: cheiro forte, frutos uniformes e ideal para conserva
Embrapa Hortaliças vai lançar pimenta em junho, mas sementes só chegam ao mercado para os produtores no ano que vem
Ração de galinhas poedeiras proporciona maior lucratividade na venda de ovos
Diminuição do nível de fósforo reduz custos da mistura
Dica: bê-a-bá da balança rodoviária
O emprego destes equipamentos reduz os custos operacionais e proporcionam agilidade. Para garantir pesagens seguras, no entanto, é importante estar munido de algumas informações.
O uso de maturadores na cultura do café
Alternativa de produto tem o objetivo de, com sua aplicação foliar, promover maior uniformidade da maturação e também a antecipação da colheita de 15 a 20 dias.
Produção de Híbridos na Piscicultura
Tecnologias como a indução hormonal e reprodução artificial, tornam a produção de peixes híbridos uma prática relativamente simples
A pecuária e os gases de efeito estufa
A qualidade da dieta do animal tem forte influência sobre a emissão de metano e é essa uma das principais linhas de pesquisa visando mitigar a emissão de GEE
A maior oferta de carne bovina no mundo depende de nós
Os números recentes da pecuária comprovam que a atividade responde rapidamente aos investimentos
O descaso das autoridades ocasionou prejuízos aos produtores de feijão
O que os produtores desejam são regras claras. Se não há recursos para cumprir as promessas, não as façam. Não induzam a pesados prejuízos os sofridos produtores brasileiros
Nova cultivar de feijão rende de quatro a cinco mil quilos por hectare
Indicada para produtores de PR e SP, a IPR Tuiuiú deve chegar ao mercado em 2011
Embrapa investe em tecnologias sustentáveis para combater doenças na lavoura
A expectativa é que dentro de dois anos novos produtos não tóxicos estejam disponíveis
Fitorreguladores equilibram desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta
Substância reguladora impede que algodoeiro cresça demais, reduzindo os custos de produção em 4%
Inseticidas usam bactérias para combater insetos nas plantações
Produto não agride o meio ambiente, é 100% eficaz e pode ser usado em diversos tipos de cultura

Conteúdos Relacionados à: Agricultura Sustentável
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada